1ª leitura: Ap 11, 19; 12, 1-6.10 – “Apareceu no céu um sinal grandioso”
Salmo: 44 – “À vossa direita, Senhor, está a Rainha do céu”
2ª leitura: 1Cor 15, 20-27 – “Primeiro Cristo, depois os que pertencem a Cristo”
Evangelho: Lc 1, 39-56 – “O Todo Poderoso fez em mim maravilhas”
A PALAVRA É MEDITADA
Contemplando a Virgem Imaculada elevada à glória do céu, em corpo e alma, nós somos aliviados da mesquinhez dos nossos pensamentos, da tristeza das nossas misérias, para olharmos para aquele que será o nosso destino futuro. A Assunção da Virgem Maria, é uma das festas marianas mais importantes e mais antigas. Depois de ter vivido nesta terra, Nossa Senhora foi elevada em corpo e alma à glória do céu. Era bem justo que Maria alcançasse a plenitude da glória sem ter de esperar pelo fim dos tempos.
A fé ensina-nos que no final da nossa vida a alma recebe imediatamente a justa recompensa, enquanto o corpo se decompõe na sepultura e só no fim dos tempos ressuscitará para se reunir à alma. Para Nossa Senhora não foi assim: o seu corpo imaculado entrou logo na glória juntamente com a alma. Portanto, na Virgem Maria elevada ao céu nós contemplamos aquele que será o nosso destino futuro. Era bem justo que Nossa Senhora fosse elevada ao céu, em corpo e alma, por vários motivos. Em primeiro lugar ela é a Imaculada, aquela que foi concebida sem pecado original.
Sabemos que a corrupção do corpo que acontece depois da morte, é uma consequência do pecado original, que deixou consequências em cada um de nós. Os únicos a serem isentos deste pecado das origens foram Jesus, porque Filho de Deus, e Maria Santíssima, a Imaculada, que foi preservada do pecado em vista de Redenção que seria realizada pelo Filho. Sendo Imaculada, Maria nem sequer deveria ter morrido, dado que também a morte é uma consequência do pecado original. Por isso se diz que ela adormeceu.
Existem outros motivos que tornaram conveniente a Assunção de Maria em corpo e alma. Um motivo é o da Maternidade divina. Era bem justo que aquela que deu à luz, o Filho de Deus na pobre gruta de Belém; que o alimentou e educou com amor; que o seguiu fielmente durante todo o tempo da sua pregação; que foi a sua mais fiel discípula; e que esteve de pé junto da cruz, partilhasse em corpo e alma a glória do seu Filho ressuscitado.
Esta festa de hoje é rica de ensinamentos também para a nossa vida cristã. Antes de mais, ensina-nos a grande dignidade que tem o nosso corpo: também nós somos chamados à glória do Paraíso. Vale a pena respeitarmos o nosso corpo. O homem de hoje exalta o corpo, mas muitas vezes torna-o escravo de realidades que o desfeiam. Contemplando a Imaculada elevada ao céu, nós podemos ver a grande dignidade do homem e da mulher. Se queremos alcançar a glória que já resplandece em Maria, não podemos descuidar o sentido do pudor. Para recuperar este sentimento cristão da vida, olhemos com os olhos do coração para a glória de Nossa Senhora elevada ao céu.
É REZADA
Ó Virgem Imaculada, Mãe de Deus e Mãe dos
homens, nós acreditamos na tua assunção em corpo e alma ao céu, onde és
aclamada por todos os coros dos anjos e por todas as hostes dos santos. E nós
unimo-nos a eles para louvar e bendizer o Senhor que te exaltou acima de todas
as criaturas e para te oferecer o anélito da nossa devoção e do nosso amor. Nós
acreditamos que os teus olhos misericordiosos se abaixem sobre as nossas
misérias e sobre os nossos sofrimentos; que os teus lábios sorriam às nossas
alegrias e às nossas vitórias; que tu ouças a voz de Jesus repetir-te por cada
um de nós: ‘Eis o teu filho.’ E nós te invocamos nossa mãe e te tomamos, como
João, por guia, força e consolação da nossa vida mortal. Nós acreditamos que na
glória, onde reinas vestida de sol e coroada de estrelas, és a alegria e a
felicidade dos anjos e dos santos. E nós na terra, onde passamos peregrinos,
olhamos para ti, nossa esperança; atrai-nos com a suavidade da tua voz para nos
mostrares um dia, depois do nosso exilio, Jesus, fruto bendito do teu ventre, ó
clemente, ó pia, ó doce Virgem Maria.
Ámen
(In, qumran2.net e lachiesa.it – traduzido e composto por fr. José Augusto)