Comentário Evangelho – XIII Domingo Tempo Comum – A

1ª leitura: 2Reis 4, 8-11.14-16 – “Este é um santo Homem de Deus: poderá cá ficar”

Salmo: 88 – “Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor”

2ª leitura: Rom 6, 3-4.8-11 – “Sepultados com Cristo no Batismo, vivamos uma vida nova”

Evangelho: Mt 10, 37-42 – “Quem não toma a sua cruz não é digno de mim”

A PALAVRA É MEDITADA

Lendo este Evangelho, a minha primeira reação é: “Mas este o que é que quer de mim, o que?“. Rezando e analisando bem o texto descubro que Jesus não pretende mesmo nada, quer apenas ajudar-me e fazer-me compreender quanto sou importante para ele.

Diz-se que uma pessoa é digna da minha amizade ou do meu amor se manifesta gratidão. Do mesmo modo se diz que não é digna se é ingrata. Jesus está disposto a tudo para ajudar, a mim e aos que me são queridos, ao ponto de vir partilhar as nossas cruzes para as aliviar.

Sou grato por isto? O modo melhor que tenho para demonstrar que estou contente de receber esta sua ajuda e de ser digno dela é dar-lhe atenção. O que propõe Jesus? que o sigamos pelo caminho do amor, isto é, de experimentar a fazer alguma coisa pelos outros.

Faz-me esta proposta porque sabe que esta é a via melhor para estar bem, porque amando vivo em comunhão com ele e me sinto útil. Se pelo contrário me preservo e tento descarregar a minha cruz sobre os outros, quanto mais passa o tempo mais me apercebo que a minha vida é vazia e chata.

Façamos um exemplo:

Uma pessoa maior de idade que embora trabalhando permanece em casa dos pais o faz porque quer ajudá-los a levar a cruz deles ou para os explorar ainda? Talvez haja um meio caminho, uma mútua ajuda, mas quem leva a loiça depois de jantar? Caso-me para amar ou para ser amado? Vou trabalhar para dar ou para receber? Das pequenas coisas vejo se sou de ajuda ou de peso, se estou disposto a tomar a minha cruz e a amar ou se prefiro preservar-me.

Jesus me ama e convida-me a ser digno do seu amor; isto é, a amar, porque se preocupa comigo e sabe que cada um recole o que tiver semeado. Quem não semeia está destinado a morrer de fome.

Senhor ensina-me todos os dias a levar a minha cruz e a amar até à plena comunhão contigo.

A PALAVRA É REZADA

Por vezes sinto pesar sobre os ombros uma cruz e considero-me o homem mais desgraçado do mundo. Então procuro alguém disposto a tomá-la para si, mas encontro sempre pessoas que têm uma mais pesada que a minha. Compreendo, Senhor, que cada homem, além de ter uma sua vida e uma sua individualidade, tem uma sua cruz feita à medida dos seus ombros e à medida do seu coração. Compreendo, Senhor, como a cruz que tenho sou eu que a devo carregar porque é minha e só minha. E é precisamente porque a faço tornar conatural a mim mesmo que tu, Senhor, me reconheces digno de ser teu discípulo. Dou-me conta que esta atitude realiza o prodígio de a fazer sentir mais leve ao ponto de tornar o meu passo mais apressado de modo a estar sempre perto de ti.

Ámen

(In, qumran2.net e lachiesa.it – traduzido por fr. José Augusto)

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