1ª leitura: Is 45, 1.4-6 – “Tomei Ciro pela mão direita para subjugar diante dele as nações”
Salmo: 95 – “Aclamai a glória e o poder do Senhor”
2ª leitura: 1Tes 1,1-5 – “Recordamos a vossa fé, caridade e esperança”
Evangelho: Mt 22, 15-21 – “Dai a césar o que é de César e a Deus o que é de Deus”
A PALAVRA É MEDITADA
A primeira leitura de hoje é um aceno a um facto histórico. Tento sintetiza-lo. naqueles tempos, quando um rei ocupava um país, deportava a população para ter escravos. Por estes motivos os hebreus foram deportados para Babilónia; a atual Bagdade. (Não penseis que hoje as coisas sejam melhores, porque é verdade que não fazemos mais guerras para ter escravos, mas existem gente que está de maneira mal em sua casa, que vem por si fazer aqueles trabalhos que nós não queremos fazer, esperando encontrar dadores de trabalho cristãos e não escravizadores).
Ciro, rei da Pérsia, pensava diversamente; considerava que podia governar melhor um território grande procurando fazer com que as populações ocupadas se sentissem contentes por estarem sob as suas ordens. Para obter isto permitia-lhes permanecerem em casa, mantendo também a sua religião, pelo que, depois de ter ocupado também a Babilónia, permite aos hebreus deportados que regressem à pátria e possam reconstruir o seu templo. Por isso é considerado um instrumento providencial de Deus, mesmo se ele, este Deus não o conhece.
No evangelho de hoje vemos pessoas que só querem tramar Jesus e não escutá-lo. Jesus responde-lhe com uma piada que lhes permite contornar a questão, tanto é assim que não responde nem sim nem não, mas se nós lhe puséssemos esta pergunta verdadeiramente, o que é que responderia hoje?
Talvez dissesse que tudo é de Deus e tudo aquilo que temos nos foi dado por ele, mas ele convida-nos a construir o seu reino sobre esta terra, trabalhando na sua vinha. Para fazer isto cada um de nós deve colaborar na edificação desta sociedade, onde tudo e todos são necessários, cada um com as próprias capacidades. E é indispensável que existam também pessoas escolhidas para mandar e taxas para poder organizar os serviços necessários a todos.
Portanto demos a César o que de César, mas rezemos para que César seja verdadeiramente um dom de Deus e um instrumento dócil nas suas mãos, mesmo se não o sabe, como foi Ciro no seu tempo. disto precisamos hoje. por isso rezemos e peçamos ao Senhor para reinar e nos julgar a nós e quem nos governa para que este seu reino venha também hoje. Sinal que isto se realiza é sempre e será sempre a tutela dos mais débeis.
A PALAVRA É REZADA
Obrigado pelo dom da fé e da comunidade cristã. Perdoa as incoerências e as falsidades; faz que vivamos a idade da maturidade sem o orgulho de quem julga bastar-se a si mesmo. Concede-nos viver a fé no modo dos teus amigos que se aproximavam de ti para te pedir explicações: estando perto de ti as coisas tornam-se mais claras, os animais mais transparentes, as recordações mais serenas, as palavras mais verdadeiras, o presente um dom, os encontros mais significativos. Obrigado pelo dom do nosso corpo e pelo grau de saúde de que gozamos: ajuda-nos a estar dentro da beleza dos cinquenta anos sem a mania de querer parecer aquilo que não somos. Dá-nos o entusiasmo de quem sabe ver naquilo que é novo, diverso, inesperado, em cada dia novo uma oportunidade. Tira de nós todo o medo, aquilo que envelhece o coração e nos torna pedantes.
Ámen
(In, qumran2.net e lachiesa.it – traduzido e composto por fr. José Augusto)