Cinco pequenos post para nos aproximar do Natal. Hoje falaremos de alegria.
Em “espera” do Natal e em “espera” do vosso chamamento e vocação, continuo a minha reflexão franciscana sobre o Natal e auguro a cada um de vós que possa viver este dia na “paz” e na “alegria” do Senhor que vem.
Os nossos santos, são Francisco d’Assis e Sant ‘António de Padova, oferecem-nos testemunhos estupendos acerca do Natal e nos ensinam a ter sentimentos de “alegria” e “festa” e “sorriso” e “partilha”, que devem caracterizar esta grande solenidade cristã.
Escutemos alguns dos seus textos.
A inefável atenção de Francisco pelo Natal
“Acima de todas as outras solenidades celebrava com inefável cuidado o Natal do Menino Jesus, e chamava festa das festas o dia em que Deus, feito pequeno infante, tinha mamado num peito humano. Beijava com espírito ávido as imagens daqueles membros infantis, e a compaixão do Menino, derramando-se no coração, fazia-lhe balbuciar palavras de doçura à maneira das crianças. Este nome era para ele doce como um favo de mel na boca”
(Vida de S. Francisco – Fontes Franciscanas 787).
Deve ser ocasião de convivialidade plena
Um dia os frades discutiam se permanecia a obrigação de não comer a carne, dado que o natal naquele ano calhava à sexta feira. Francisco respondeu a frei Morico:” tu pecas irmão, a chamar sexta feira o dia em que nasceu para nós o Menino. Quero que num dia como este também as paredes comam carne, e se isto não é possível, pelo menos sejam espalmadas por fora.”
(Vida de S. Francisco – Fontes franciscanas 787)
Todos se devem alegrar, homens e animais
“E por reverencia para com o Filho de Deus, que naquela noite a Virgem Maria depôs numa manjedoura entre o boi e o burro, todo aquele que tiver boi e burro seja obrigado a fornecer-lhes generosamente boas rações. Assim também, que naquele dia todos os pobres tenham como dom dos ricos copiosas ótimas comidas». Francisco tinha maior reverencia pelo Natal que pelas outras festividades. Dizia: «Depois que o Senhor nasceu por nós, começou a nossa salvação». Queria por isso que naquele dia todos os cristãos exultassem no Senhor e por amor dele, que se nos deu a si mesmo, todos providenciassem largamente não só aos pobres, mas também aos animais e aos pássaros.
(Vida de S. Francisco – Fontes Franciscanas 1814)
No Natal, Deus deu-nos o motivo de sorrir e nos alegrarmos
«E o anjo disse aos pastores: eu vos anuncio uma grande alegria, porque hoje nasceu-vos o Salvador…»
(Lc 2,10-11). Com isto concordam as palavras do Génesis: «Nasceu Isaac. E Sara disse: O Senhor me deu o sorriso e todo aquele que o souber, sorrirá comigo» (Gn 21,5-6).
Sara interpreta-se «princesa» ou «carvão», e é figura da gloriosa Virgem, princesa e nossa rainha, inflamada pelo Espírito Santo como carvão pelo fogo. Hoje Deus lhe deu o sorriso, porque dela nasceu o nosso sorriso. «Eu vos anuncio uma grande alegria», porque nasceu o sorriso, porque nasceu Cristo.
Isto ouvimos hoje do anjo: «Todo aquele que o ouvir, sorrirá juntamente comigo». Sorriamos, portanto, e exultemos juntamente com a bem-aventura Virgem, porque Deus nos deu o sorriso, isto é o motivo de sorrir e nos alegrarmos com ela e nela: «Hoje nasceu-vos o Salvador».
Se alguém se encontrasse em ponto de morte ou fosse condenado à prisão perpétua, e lhe fosse anunciado: Chegou alguém que te salvará! Será que não sorriria, será que não exultaria? Certamente!
Exultemos então também nós, na serenidade da consciência e no amor autêntico (cf. 2Cor 6,6), porque hoje nos nasceu o Salvador, a quele que nos salvará da escravidão do diabo e da prisão do inferno.
(Sant’António – sermão sobre o Natal)
Aproveitemos então irmãos destas admonições; não renunciemos no Natal àqueles gestos de reconciliação, saboreemos toda a beleza da intimidade das nossas famílias e dos afetos mais caros, redescubramos no outro um rosto amigo, louvemos e rezemos e agradeçamos a Deus pai por todas as coisas (alegre ou não), mas sobretudo pelo Dom do Seu Filho Jesus que nasce para nós!
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