O meu serviço na JMJ Lisboa 2023 começou vários meses antes dos dias da Jornada, como voluntária central de longa duração. Um serviço nos bastidores, na área da assessoria de imprensa, que me permitiu conhecer por dentro e ao pormenor todo o trabalho que estava a ser preparado. Foram meses muito intensos, não só de trabalho, mas também de criação de laços de amizade com outros voluntários, nacionais e internacionais, e também com o grande timoneiro, o Dom Américo.
O que nos movia a todos? O sentido de Missão para proporcionar um encontro inesquecível com Cristo Vivo. Nos dias que antecederam os eventos centrais, estive ao serviço na área responsável pelas acreditações dos jornalistas e das equipas de media que tinham como missão fazer chegar a informação a todo o lado e também nos Centros de Imprensa, no principal, no Parque Eduardo VII, ainda como simples aprendiz e no secundário, no Parque Tejo, já como coordenadora. Confesso que foi um pouco assustador, a responsabilidade de estar nos locais onde se juntavam todos os jornalistas e de onde saíam todas as informações para o mundo inteiro. MEDO! Porém, aprendi muito, cresci muito pessoal e profissionalmente, agradeci muito a Deus as pessoas com quem me fui cruzando e com quem trabalhei e partilhei esses dias. Pessoas especiais que guardarei para sempre no coração poderia dizer que foi tudo um mar de rosas, mas estaria a mentir.
Foi uma jornada extremamente dura, física e psicologicamente, com muito stress, ansiedade, muitas lágrimas, poucas horas dormidas, muitos imprevistos. Porém, foi também de alegria transbordante, de grande entrega ao serviço das coisas de Deus, de enorme crescimento espiritual e de encontro com Cristo Vivo, em cada rosto, em cada sorriso, em cada olhar, em cada palavra, em cada abraço. Fica no coração a alegria das amizades para a vida, ficam os abraços apertados, as emoções à flor da pele, as lágrimas de alegria, os anjos da guarda que apareciam para ajudar quando acontecia algum imprevisto ou simplesmente apareciam para dar um abraço amigo num momento menos bom. Foram tantos os sinais do Espírito Santo, tantos os gestos de amor, que ainda me emociono e acho que vou emocionar para o resto da vida.
Diana Prudêncio
(Conchas, folha da unidade pastoral de Chelas, Lisboa)