Tesouros da JMJ

De coração cheio… Estas são as palavras que surgem quando penso nos jovens que acolhi, em minha casa, por uma semana no início de agosto… Eram seis francófonos (quatro franceses e dois belgas) incríveis, entre os 20 e 28 anos… Procuro adjectivos para os qualificar da melhor maneira mas será sempre redutor explicar estas seis personalidades tão diferentes em poucas palavras… O que mais me marcou e que foi comum entre eles?

O RESPEITO, característica preciosa!

A PROFUNDIDADE e a MATURIDADE… Era tão cheios do amor de Cristo que me senti muito pequena ao lado deles… descobrir o quanto eles colocam Deus em todas as suas decisões e O veem por detrás de tudo o que lhes acontece é refrescante e ajuda-nos a nós (“adultos”) a relativizar e perceber melhor o que estamos aqui a fazer.

Por fim, diria que a característica que mais me surpreendeu foi serem tão AGRADECIDOS: eu ia recebê-los de coração aberto no espírito de missão mas não pensei que agradecessem tanto, de forma tão genuína e comovente.

Não foi tudo cor de rosa! Desde os atrasos para regressarem à noite até ao uso da casa por mais seis pessoas, passando pelo cansaço de organizar toda a dinâmica familiar, mas valeu tanto a pena!

Na despedida, tocaram-me quando referiram que tinha sido para eles uma grande oportunidade viver no meio de uma família que coloca Jesus no seu centro… e isso foi muito comovente… Ainda não sei bem qual de nós deu mais ao outro… Todos recebemos, todos aprendemos, todos crescemos… Foi uma semana muito especial para toda a minha família (até convidei os meus pais a conhecê-los conforme foto) ainda que tenha “sabido a pouco”.

Já tinha esta convicção por conhecer alguns dos jovens dinâmicos da nossa Paróquia (que novamente demonstraram o seu valor com a louca organização que lhes foi exigida) mas confirmei que a nossa Igreja está bem entregue: ainda que dois dos “meus” jovens fossem um pouco mais conservadores do que eu gostaria, reforcei a convicção de que Cristo está bem vivo, tanto pela força destes encontros como pela beleza do que vi naqueles corações.

Fátima Morais

(Conchas, folha da unidade pastoral de Chelas, Lisboa)

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