Comentário Evangelho – SAGRADA FAMÍLIA – B

1ª leitura: Sir 3,3-7.14-17 – “Aquele que teme a Deus honra seus pais”

Salmo: 127 – “Felizes os que esperam no Senhor, e seguem os seus caminhos”

2ª leitura: Col 3, 12-21 – “A vida doméstica no Senhor”

Evangelho: Lc 2, 22-40 – “O Menino crescia, enchendo-se de sabedoria”

A PALAVRA É MEDITADA

A família de Maria e José é uma família piedosa e observante e, como tal, põe em prática aquilo que Deus pede por meio da lei da Moisés. O nome dado ao menino não é pensado ou escolhido pelos pais, mas pelo próprio Deus que pela boca do anjo o anuncia antes da sua conceção. Deus quer que o seu unigénito Filho nasce de uma mulher: Maria.

Este episódio, de vontade divina, cruza-se com a experiência humana não a destruindo, mas, pelo contrário, elevando-a de dignidade e levando-a à salvação.

A apresentação do primogénito, que é um rito belo e simbólico, permite aos pais oferecer o seu filho a Deus: a partir daquele momento ele já não lhes pertence mais, mas sim ao próprio Deus. isto acontece também para Jesus, não obstante que não fosse necessário na medida que já é filho de Deus.

Maria e José oferecem-no e, assim, reconhecem por si mesmos, e testemunham aos outros a sua pertença ao Pai. O próprio Jesus, depois, o testemunhará quando se perder e o encontrarem a ensinar entre os doutores do templo: «Não sabíeis que me devo ocupar das coisas de meu Pai?». A sua incarnação, oferecida a nós pelo Pai para a nossa redenção, manifesta-se hoje no Templo por aqueles que há tempo esperam a sua vinda. Simeão, esperava a “consolação para Israel”, isto é aquele amor consolante e salvífico que teria salvado o povo, publicamente, como João Baptista, reconhece o seu Senhor e o mostra aos outros. Num simples e doce menino, Simeão reconhece o sinal de contradição e ao mesmo tempo o supremo sinal da salvação divina. o velho Simeão ensina-nos uma coisa importante: quem encontra Deus, fazendo uma forte experiência dele no seu coração, pode também morrer sereno, porque nenhuma preocupação humana poderá jamais desviá-lo do dom eterno por excelência pois que é confortado pela certeza de se unir para sempre ao seu Deus que vem visitá-lo.

A PALAVRA É REZADA

«Senhor, a nossa sociedade está á espera de “ver”

a tua presença na sua vida e “reconhecer”

a tua obra de salvação de todas as formas de mal e de perdição.

Ajuda-nos a ser como os santos profetas Simeão e Ana:

pacientes e vigilantes na espera,

capazes de nunca nos distrairmos,

para poder estar prontos para o encontro contigo.»

Ámen

(In, qumran2.net e lachiesa.it – traduzido e composto por fr. José Augusto)

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