Lectio Divina V DOMINGO TEMPO COMUM – B

«Cala-te e sai desse homem!»

Mc 1, 21-28

Oração inicial:

Espírito Santo, vem! Tira o véu diante dos nossos olhos, para reconhecermos que Jesus é o Senhor: Deus feito homem por amor, peregrino das nossas estradas por amor, crucificado e ressuscitado por amor, por nosso amor. Dá-nos a sede da Palavra de Deus, tornando o nosso coração aberto à luz, humilde e pronto para a escuta, perseverante na procura da verdade que se esconde em cada página das divinas Escrituras. Coloca-nos de joelhos diante da Eucaristia para adorar e desejar o Pão que se torna Amor vivente para nos fazer tornar Amor vivo. Espírito Santo, vem.”

Ámen.

Evangelho de S. Marcos(1, 21-28)

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Mensagem do Evangelho

Marcos conta-nos «um dia» de Jesus, através de vários lugares.

Da sinagoga, lugar do encontro com Deus, passamos a um ambiente de intimidade: a casa de Simão. Aqui realiza-se um milagre, que tem um profundo ensinamento: levantou-a.… começou a servi-los. O poder de Jesus levanta o homem não para estar bem, mas para servir. Na praça, lugar público, Jesus aparece como quem tem poder para salvar. E, no entanto, é demasiado cedo para emitir um juízo sobre a sua pessoa: os homens e os demónios devem estar calados.

Finalmente, a oração no lugar solitário encontra-se na agenda de Jesus: dedica-lhe tempo. Nela está o máximo da sua atividade e também a sua fonte. A oração alarga o horizonte da missão: «Vamos a outros lugares».

As fronteiras de Cafarnaum são suprimidas. A ação de Jesus é sempre mais definida pelas duas ações: pregar e expulsar o mal.

Meditação pessoal do Evangelho e Partilha em grupo

  • Saindo da sinagoga, para onde vai Jesus? O que é que fez na casa de Simão e André? O que fez a sogra de Simão depois de ter sido curada?
  • O que fez Jesus depois do pôr do sol? Quem é que lhe levaram? Permitiu aos demónios que falassem? Porque não?
  • O que fez Jesus de manhã cedo? O que lhe disseram Simão e os seus companheiros quando o encontraram? O que responde Jesus? O que é que veio fazer Jesus?
  • Depois de ter rezado o que fez Jesus?

Partilha as ideias que surgiram após a meditação pessoal

Durante algum tempo posso partilhar com os outros a mensagem que Deus fez chegar ao meu coração, depois de em silêncio ter escutado a sua voz.

Preces partilhadas:

Este momento que antecede o final desta oração, pode ser aproveitado para partilhar as preocupações e aflições. Por isso, durante um espaço de tempo poderemos pedir pelas nossas necessidades.

Terminadas as preces rezamos:

Pai-Nosso

Oração final:

Tu, Jesus, não te deixas apanhar pela ânsia, pela agitação, pela vontade de popularidade. Aproximas-te dos doentes que te levam para lhes anunciares que Deus não os abandonou nas suas enfermidades, mas lhes quer manifestar a sua ternura de Pai.  É este amor a fonte escondida de cada tua palavra, de cada teu gesto. É este amor que se exprime na partilha e na compaixão, mas também na oração que te garante a ligação com ele, que faz de ti o sinal tangível da sua bondade de Pai. É esta força tranquila que testemunha um desígnio de salvação que pretende chegar a todos, para oferecer a possibilidade de uma vida nova. É esta força tranquila que transfigura situações consideradas inevitáveis e liberta da escravidão do mal, oferecendo uma liberdade desconhecida. Dá-me também a mim, Jesus, a alegria de te encontrar hoje. Rompe as minhas cadeias, dá a paz à minha existência através do teu Evangelho.

Ámen

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