Maria, a Imaculada: a mulher do sim!

 A solenidade de hoje apresenta-nos a figura humilde e forte de Maria, a mulher do sim, a mulher do eis-me aqui: figura e modelo de todo o chamado!

Convido-vos a olhar para ela, a deixar-vos encorajar, apoiar por Ela no vosso caminho de procura e de decisões vocacionais (talvez nem sempre fáceis). De Assis, onde estamos há alguns dias com os jovens em discernimento do Grupo Vocacional São Damião, vos recordo e acompanho com a oração.

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.

Por vezes quando se fala de vocação religiosa, tenho a impressão que se pense neste caminho como numa qualquer coisa de predeterminado, de já definido por Deus, quase um destino ineludível (para alguém um laço!) do qual é preciso esquivar-se se queremos viver de verdade livres!

Ou então, outras vezes (talvez mais frequente), aparece como um obstáculo de forma grande e desafiante ao ponto de dissuadir e desviar de qualquer decisão; e nestes anos ajudei muitíssimos jovens “renunciatórios” e perenemente incapazes de dar um passo, de arriscar, de sair a descoberto, deixando prevalecer uma atitude de perene e estéril “suspensão” … E, entretanto, a vida vai-se embora!

Na realidade o apelo vocacional é sempre uma proposta livre e amante que nasce do coração de Deus. É um convite gentil e bom (certo, também exigente!), que nasce de um olhar de amor privilegiado sobre nós (e sobre o mundo), não de um desejo de posse ou domínio da parte de Deus. de resto, os gestos e as palavras que descobrimos em Jesus quando chama são as seguintes: “fixando-o o amou”, “se queres”,” se alguém quer vir atrás de mim “, “se alguém quer ser meu discípulo”, …

A vocação é, portanto, uma oferta de amor extraordinária, sempre aberta, porém à nossa livre decisão. Deus de facto, desde a criação correu o risco e a aventura da nossa liberdade, querendo par ao homem uma história verdadeira, como protagonista, como filho, não como escravo! Portanto, a vocação tem sempre que ver com a tua escolha pessoal, o teu “decidir-te” por Jesus; espera o teu sim, o teu eis-me aqui, o teu” envia-me!”.

Por isso o Senhor quis esperar também a disponibilidade de Maria, “Eis-me aqui, sou a serva do Senhor, seja feito em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Assim quis escutar a invocação de disponibilidade do jovem são Francisco: “Senhor que queres que eu faça?”.

Caro amigo, se sentes que o Senhor te chama, que coisa ou quem te está a impedir de pronunciar o teu sim, o teu eis-me aqui?

O meu sim

Queria que o meu “Sim” fosse simples como o teu, Maria,
e não tivesse astúcias mentais.
Queria que o meu “Sim”, como o teu, Maria,
não me metesse no centro, mas ao serviço.
Queria que o meu “Sim” ao desígnio de um outro, como o teu, Maria,
quisesse dizer ficar para trás para fazer espaço à vida.
Queria que o meu “Sim”, como o teu, Maria,
encerrasse uma história de salvação.
Mas o meu pecado, o meu orgulho, a minha autossuficiência,
dizem um “Sim” bem diverso.
o teu olhar sobre mim, Maria,
me ajude a ser um simples,
um que se esquece,
um que sabe perder-se, na disponibilidade. Ámen

de fra Alberto Tortelli

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