Franciscanos - São Francisco e o Natal #3: Belém

Cinco pequenos post para nos aproximar do Natal. Hoje falaremos de Belém.

Continuo também hoje o meu pequeno itinerário franciscano sobre o Natal e a Incarnação do nosso Senhor Jesus, na esperança que vos possa ajudar a esperar e a viver o melhor possível este extraordinário e doce mistério que tanto fascinou são Francisco.

A propósito, não posso não ir com o pensamento à Terra Santa, ainda hoje tão martirizada pela guerra… e em particular a Belém, lá onde os frades franciscanos estão presentes há séculos. Foi o próprio São Francisco d’Assis, movido pelo amor por Cristo Pobre e Crucificado, a dirigir-se ao Médio Oriente (1217) para “tocar” aqueles lugares que até hoje constituem um testemunho da revelação de Deus e do seu amor pelo homem.

Naquela sua peregrinação, não obstante, o guerrear das cruzadas, encontrou e dialogou em Damietta, no Egipto, com o sultão Melek al-Kamel, cujo governo se estendia até à Terra Santa. Foi um encontro pacifico, que deu início à presença dos franciscanos na Terra Santa e que marcou também o estilo da presença dos frades ao longo dos séculos, até hoje.

Como testemunho do amor de são Francisco pela Terra Santa, refiro dele um pequeno episodio que nos poderá fazer sorrir um pouco, mas com certeza revela todo o ardor e o amor que o Pobrezinho tinha por Jesus e por cada lugar, facto, pessoa, pedra … que o pudesse de certo modo recordar e manter a sua presença.

Muitas vezes, quando queria nomear Cristo Jesus afervorado de amor celeste chamava-o «o Menino de Belém», e aquele nome «Belém» pronunciava-o enchendo a boca de voz e ainda mais de terno afeto, produzindo um som como o balido de uma ovelha. E sempre que dizia «Menino de Belém» ou «Jesus», passava a língua sobre os lábios, quase a gostar a conter toda a doçura daquelas palavras. (Da vida de são Francisco, FF 470)