Comentário Evangelho – V DOMINGO DE PÁSCOA – B

1ª leitura: Act 9, 26-31 – “Contou-lhes como, no caminho, tinha visto o Senhor”

Salmo: 21 – “Eu vos louvo, Senhor, no meio da multidão”

2ª leitura: 1Jo 3, 18-24 – “É este o seu mandamento: acreditar e amar”

Evangelho: Jo 15, 1-8 – “Quem permanece em mim e eu nele, dá muito fruto”

Jesus quer revelar o verdadeiro rosto do Pai, não faz das coisas de Deus um privilégio para poucos instruídos: fala de peixe e de pescadores, de ovelhas e de pastores, de vinhas e vinhateiros. Palavras simples, claras, iluminadoras, exemplos tomados da vida quotidiana para explicar o absoluto de Deus.

A linfa que alimenta a nossa vida é a presença do Mestre Jesus que escolhemos como pastor. Nada mais nos pode dar força, serenidade, luz, alegria e paz no coração. Só permanecendo ancorados a ele podemos produzir frutos, crescer, florir. Sem ele, nada.

Jesus pede-nos para morarmos nele, permanecermos, estarmos. Não como frequentadores ocasionais, mas como assíduos frequentadores da sua Palavra. Jesus pede-nos para morar nele. Morada, não ir habitar noutro lugar, mas ficar aqui junto do Mestre. Sem mim nada podeis fazer, diz Jesus. procuras a alegria? Procura-a em Deus, vive-a nele, está unido a ele, colado, como o ramo à vida.

A linfa vital provém dele e só dele, e desta união brota o amor. Quem procura Deus e é discípulo do Nazareno não tem o futuro assegurado, nem a sua vida está isenta de fragilidades e pecados, nem é poupado às provas que a vida nos apresenta. Os discípulos do Senhor compreenderam que a vida é feita para aprender a amar e tomam-no a ele, como modelo e fonte do amor. E habitam!

Senhor Jesus, Tu nos propões ficar em comunhão contigo para receber a linfa vital, como o ramo faz com a videira.Cada corte, na vida, produz sofrimento. Só tu sabes quanto amor existe na dor de quem sofre.Com a amputação do rebento, não acaba a vida, aliás nasce uma nova.Tal como a vida nasce e se desenvolve na profundidade da terra,  assim tu, Senhor, geras a vida nas dores da cruz. Nós somos rebentos que necessitam de se podados para produzir maiores frutos de obras boas. Ajuda-nos a parar a contar as folhas secas que caem, mas a alegrar-nos pelo mais pequeno galho que produz frutos de bondade.

Ámen

(In, qumran2.net e lachiesa.it – traduzido e composto por fr. José Augusto)

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