Franciscanos - O que devo fazer? Lê o Evangelho de hoje… e medita!

Do Evangelho segundo Mateus (19,16-22)

Aproximou-se dele um jovem e disse-lhe: «Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?» Jesus respondeu-lhe: «Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.» «Quais?» – perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: «Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?» Jesus respondeu: «Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.» Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens.

Homilia do Papa Francisco

Adoramos o Senhor? Vamos a Deus só para pedir, para agradecer, ou vamos a Ele também para o adorar? O que quer dizer então adorar a Deus? Significa aprender a estar com Ele, a parar a dialogar com Ele, sentindo que a sua presença é a mais verdadeira, a melhor, a mais importante de todas.

Cada um de nós, na própria vida, de modo consciente e talvez por vezes sem se dar conta, tem um bem ordenadas as coisas consideradas mais ou menos importantes. Adorar o Senhor quer dizer dar-lhe o lugar que deve ter; adorar o Senhor quer dizer afirmar, acreditar, não, porém simplesmente por palavras, que Ele é o único que guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que estamos convencidos diante Dele que é o único Deus, o Deus da nossa vida, o deus da nossa história.

Isto tem uma consequência na nossa vida: despirmo-nos dos tantos ídolos pequenos ou grandes que temos e nos quais nos refugiamos, nos quais procuramos e muitas vezes colocamos a nossa segurança. São ídolos que muitas vezes temos bem escondidos; podem ser a ambição, o carreirismo, o gosto pelo sucesso, o meter no centro a si próprios, a tendência para prevalecer sobre os outros, a pretensão de ser os únicos donos da nossa vida, algum pecado a que estamos ligados, e muitos outros.

Hoje queria que uma pergunta ressuasse no coração de cada um de nós e que respondêssemos com sinceridade: pensei eu em qual ídolo escondido tenho na minha vida, que me impede de adorar o Senhor? Adorar é despojar-nos dos nossos ídolos mesmo aqueles mais escondidos, e escolher o Senhor como centro, como via mestra da nossa vida.

Homilia do Papa Francisco (14 abril 2013)