Pegada Zero: utilizadores A+

As etiquetas energéticas existem para informar o consumidor do consumo de energia. A escala de cores vai do vermelho, para um maior consumo, ao verde para menor. A cada cor associa-se uma letra, em que o A ou A+ corresponde ao produto “verde”.

No momento da compra de um novo produto é-nos dada a possibilidade de ponderar quanto investir em eficiência energética. Mas, tomada essa decisão inicial, estará tudo feito? Certamente que não. Os electrodomésticos podem ser A, mas será que os seus utilizadores também o são? Os estudos demonstram que o utilizador tem um impacto não desprezível no consumo de energia. Perante a variabilidade possível, a etiqueta energética apresenta, por isso, um valor do consumo de energia, para um conjunto pré-definido de condições de utilização. Por exemplo, para uma máquina de lavar a roupa assume-se a utilização do ciclo eco 40-60, numa distribuição percentual de lavagens de carga completa, meia carga e um quarto de carga, em função da carga nominal da máquina.

No entanto, nos modelos mais recentes, as opções de cada ciclo são reguláveis, normalmente a temperatura e a velocidade de centrifugação. Nestas máquinas o maior consumo de energia está no aquecimento da água. Cada acréscimo de 10 graus traduz-se em mais alguns cêntimos por lavagem.

Algo que passou de geração em geração é que a temperatura da água é importante para ‘lavar bem’. Mas será mesmo assim? Os detergentes actuais foram desenvolvidos para lavar a frio. Os testes bacterianos de lavagem a frio demonstram isso mesmo. Isto significa que reduzir a temperatura de lavagem representará sem dúvida uma poupança de energia.

No período de tempo seco e soalheiro, quando não se utilizam máquinas de secagem de roupa, pode ainda aproveitar-se a possibilidade de regulação da velocidade de centrifugação, pois o Sol pode fazer o resto do trabalho de extração da água.

Otimizar o consumo de eletricidade e de água passa por escolher o melhor ciclo de lavagem e, sempre que possível, utilizar a carga máxima para cada tipo de ciclo. Pode-se sempre adaptar a temperatura de lavagem ao tratamento que a roupa exige e a velocidade de centrifugação às condições meteorológicas.

Aprender um pouco mais sobre os eletrodomésticos que temos em casa, por exemplo, pela consulta detalhada dos programas de lavagem, e parar para escolher a melhor opção antes de cada utilização é aquilo que nos torna utilizadores A+.

Adaptado de Pegada Zero, Cidade Nova, Maio 2020.

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